A arte de conviver: dicas para superar e transformar conflitos em benefícios para a relação!
- Atendimento
- 24 de out. de 2016
- 3 min de leitura
Ela está de volta! Hoje, a coluna da Pscicóloga Dra. Thais Rabanea que atende no KAJH aborda um assunto super importante para o bem-estar do nosso dia-a-dia, vamos conferir?!

"Em primeiro lugar eu gostaria de pedir desculpas por todos aqueles que me acompanham semanalmente e já me desculpar antecipadamente. Com o intuito de fornecer o melhor conteúdo sempre, eventualmente poderei ir em busca de novos conhecimentos e experiências, de modo que nem sempre conseguirei conciliar estas atividades com os artigos de nosso blog semanal. Agora já sabe, se por acaso eu não escrever, estou me aperfeiçoando para trazer o melhor a você!
Na última publicação, mostrei a importância dos relacionamentos para a nossa qualidade de vida. Se ainda não leu, vale a pena ler! Em uma das primeiras pesquisas científicas que realizei em minha carreira, investiguei os fatores associados a um relacionamento saudável e de longa duração. Eu queria descobrir quais os segredos dos casais que se mantinham juntos e felizes por mais de 10 anos. Para minha surpresa, um dos maiores segredos eram os conflitos... Você deve estar se perguntando, como assim, não são os conflitos que separam os casais?!
De fato, conflitos frequentes e constantes podem provocar stress e comprometer a saúde integral dos cônjuges. Por outro lado, se ambos desenvolverem habilidades para lidar e superar, aprendendo um com outro, os conflitos tendem a fortalecer a união e também estimular o desenvolvimento pessoal. A chave para poder usufruir de todos os benefícios de um relacionamento parece ser aprender a gerenciar os conflitos interpessoais.
Então, como meu maior objetivo é o seu bem estar, vou dar algumas dicas para que você possa transformar eventuais conflitos em oportunidades de amadurecimento conjugal e individual. Cada indivíduo é um ser único. Logo, o outro é sempre um novo mundo a ser descoberto... Às vezes descobrimos elementos em comum, as afinidades. Ah, como é bom encontrar alguém que nos entende e compartilha de gostos em comum! Às vezes identificamos perspectivas diferentes, em um primeiro momento estranhas para nós.
Não necessariamente conflitantes, simplesmente um convite a um novo jeito de ser, perceber ou de estar na vida. Às vezes, porém, estas diferenças se tornam divergências, aí sim, a possibilidade de conflitos se faz presente. As afinidades nos aproximam, as diferenças nos complementam, porém as divergências nos afastam, a não ser que sejamos capazes de lidar melhor com elas.
Como fazer isso?
Dica 1: Evite querer adivinhar intenções ou ler pensamentos. Ao invés dos métodos de adivinhação, prefira o diálogo saudável, faça perguntas para saber como o outro pensa ou sente, e compartilhe os seus pensamentos e sentimentos também.
Dica 2: Evite julgar. Antes de começar qualquer conversa, sintonize com o seu (sua) parceiro (a), procure entender e se colocar no lugar dele (a). Certifique-se de que estejam na mesma página antes de continuar escrevendo a história de vocês.
Dica 3: Domine a vontade de ter razão. Quando estamos empenhados em mostrar que estamos certos, ficamos surdos ao que o outro diz ou indiferentes à como o outro se sente. Mais importante do que estar certo, é estar junto.
Dica 4: Adote uma postura colaborativa. Estudiosos demonstraram que a rivalidade aumenta a hostilidade, por outro lado, uma atitude colaborativa estimula os nossos melhores sentimentos e atitudes.
Dica 5: Demonstre interesse pelo outro. É importante prestar atenção em seu (sua) parceiro (a) de modo que ele (a) sinta que você se importa.
Dica 6: Deixe claro que o objetivo é a superação do conflito e o fortalecimento da relação. O estabelecimento de propósito em comum confere ao conflito um sentido, e ainda diminui a ansiedade e as reações defensivas que podem ser tão prejudiciais.
Ficam as dicas! Agora é só praticar.
Uma ótima semana!"
Dra. Thais Rabanea: Bacharel em Psicologia e formação em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Especialização em Neuropsicologia pelo Centro de Diagnóstico Neuropsicológico - CDN. Treinamento em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy; e em Reabilitação Cognitiva Assistida por Computador pelo NeuroScience Center of Indianapolis - NSC. Membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Mestre em Psiquiatria e Psicologia Médica e Doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Pesquisadora no Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da UNIFESP. Professora no Curso de Especialização em Neuropsicologia do CDN: Módulo de Neuropsicologia e Psiquiatria. Revisora especialista em periódicos científicos internacionais. Membro do corpo editorial da Acta Psychopathologica, Delaware, EUA.
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