Assumindo as rédeas de sua própria vida! Pt. II
- Atendimento
- 1 de ago. de 2016
- 4 min de leitura
Hora da coluna da nossa top psicóloga Dra. Thais Rabanea que atende seus pacientes também no KAJH! Se você não leu o post da semana passada, clique aqui, pois hoje teremos a continuidade do tema abordado ok?

"Olá! Mais uma semana começa. E mais uma vez, estou aqui na nossa coluna semanal para conversar com vocês. Na última segunda-feira fiz um convite a vocês, lembram-se? De qualquer forma, não custa nada lembrar, né? Além disso, o processo de memória e aprendizagem acontece por meio da frequência e da associação. Quer dizer, quanto mais vezes eu repetir (frequência) e facilitar o entendimento utilizando conteúdos do dia a dia de vocês (associação), eu facilito que o cerébro memorize e aprenda.
Então vamos lá! Após demonstrar que podemos assumir as rédeas de nossa vida, modificando hábitos disfuncionais e desenvolvendo atitudes mais saudáveis a partir de nossa percepção da realidade, eu pedi que escolhessem um hábito que desejassem modificar, ou uma meta que gostariam de alcançar. Em seguida, sugeri FOCAR no hábito ou na meta selecionado, OBSERVAR as crenças e pensamentos associados e PERCEBER as emoções e sensações que provocavam, SEM JULGAR.
Caso não tenha começado a praticar, segunda-feira é um bom dia para começar, não acha?Assumindo as rédeas de sua própria vida! Agora, se você tentou praticar, parabéns! Você já começou a utilizar o seu potencial cerebral de um modo mais consciente e está desenvolvendo a sua inteligência emocional. Quando queremos modificar ou alcançar algo em especial, o primeiro passo é sempre nos conscientizar. Por isso pedi para FOCAR, OBSERVAR e PERCEBER, SEM JULGAR.
Depois de FOCAR, OBSERVAR e PERCEBER, SEM JULGAR, imagino que agora a seguinte afirmação faça mais sentido: a leitura que fazemos da realidade, influencia como nos sentimos e agimos. O próximo exercício consiste em escolher um pensamento ou uma crença que você identificou a partir do exercício anterior, que provoca sensações desconfortáveis e ações pouco produtivas ou saudáveis, de modo a limitar ou até mesmo impedir a conquista de seus objetivos pessoais. Mais uma vez, FOCAR! Atenção é fundamental quando queremos desenvolver uma nova habilidade. Perceba que estou usando verbo, porque verbo é ação, transformação. Os novos verbos dessa etapa são ADAPTAR e VERIFICAR.
ADAPTAR significa pensar em alternativas, novos jeitos de se perceber uma nova situação. Nesta fase, vale contar com a ajuda de amigos! Há algum tempo, em um jantar entre amigos, uma amiga contou como ficava angustiada quando o namorado não atendia os seus telefonemas ou não respondia as suas mensagens, pensando que ele poderia estar com outra ou que já não se interessava mais por ela. Um amigo estava escutando atentamente, e com muito espanto comentou que jamais algo assim passou pela cabeça dele. Se a namorada dele não atendesse a ligação ou demorasse para responder as mensagens, ele pensava que ela estava ocupada com algo no momento e logo retornaria. Esse é um exemplo de como os amigos podem ajudar, mostrando novas possibilidades de ver a mesma situação. De repente, ela poderia pensar que o namorado não atendeu porque estava no banho ou demorou para responder a mensagem porque estava em uma reunião, e tão logo fosse possível, retornaria. Achei esta experiência interessante, pois espontaneamente uma nova perspectiva surgiu nos horizontes desta amiga querida.
Na primeira fase nos conscientizamos, na segunda, ampliamos a nossa consciência, vislumbrando novas possibilidades, para assim podermos nos adaptar as circunstâncias, superar o stress patológico e a ansiedade, e alcançarmos os nossos objetivos pessoais. Embora vislumbrar novas possibilidades para se ADAPTAR seja fundamental, é preciso VERIFICAR. Sim, somos seres ÚNICOS, e precisamos experimentar as novas oportunidades descobertas e verificar como repercutem em nós. Às vezes, algo que faz bem para um amigo, pode não fazer para nós. Sem experiência, não existe consistência. É preciso viver, sentir! No exemplo anterior, a minha amiga procurou pensar que o namorado estava só ocupado e que logo retornaria, e se deu conta de que era de fato o que acontecia. Conforme ela foi praticando, cada vez menos ela foi tendo aqueles pensamentos automáticos negativos de antes, e passou a ser natural para ela não sentir mais angústia nestas situações, diminuindo significativamente os conflitos com o namorado. Vamos praticar? Na próxima segunda-feira, conversaremos sobre os resultados, até lá!"
Curtiram? Fiquem ligados então que na próxima segunda tem mais! E vale lembrar mais uma vez que a Dra. Thais faz parte do nosso time, agende sua consulta!
Dra. Thais Rabanea: Bacharel em Psicologia e formação em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Especialização em Neuropsicologia pelo Centro de Diagnóstico Neuropsicológico - CDN. Treinamento em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy; e em Reabilitação Cognitiva Assistida por Computador pelo NeuroScience Center of Indianapolis - NSC. Membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Mestre em Psiquiatria e Psicologia Médica e Doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Pesquisadora no Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da UNIFESP. Professora da disciplina "Psicoterapias" no curso de graduação em Medicina da UNIFESP. Professora no Curso de Especialização em Neuropsicologia do CDN: Módulo de Neuropsicologia e Psiquiatria. Revisora especialista em periódicos científicos internacionais. Membro do corpo editorial da Acta Psychopathologica, Delaware, EUA.
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